Sentido divinatório:
O Arcano 13 – A Morte é o fim de uma etapa e início de outra totalmente nova. Possibilidade de mudança e amadurecimento dando as bases para uma nova forma de estar na vida.
Um renascimento mental, emocional e espiritual num sentido mais amplo. Fim de um relacionamento, de uma sociedade, de uma amizade ou no mínimo uma crise que provoca a abertura para novos horizontes.
Signo = Nome
Até meados do século XIX esta carta não possuía nome e era considerada inominável ou Arcano Sem Nome. Sendo carta de transmutações e alterações radicais, mas ao longo da vida.
Ornamento comum
- Esqueleto em ação com a foice na mão a cortar tudo a sua frente.
- Cabeças coroadas de sexos opostos, mãos e pés cortados.
- Folhagens nascendo azuis e amarelas (significado das cores)
_ Esqueleto = Essência interna, estrutura base e perpetuação. Foice é a morte da colheita para nutrição da vida e perpetuação da mesma.
_ Cabeças coroadas (poder pessoal) cortadas e demais membros = pensamentos, criações e ações. que são eliminados, por não estarem de acordo com uma conduta produtiva de vida.
Direção
O Perfil do do Arcano 13 – A Morte um esqueleto voltado para direita e as faces no solo parecem vivas, remetem a direção para o futuro, um desligar das antigas formas, crenças e atitudes. Na natureza como na vida tudo se transforma.
Sintoma para quem vive o Arcano 13 – A Morte.
Sensação de ganhar o tempo perdido anteriormente na prisão do Arcano 12 – O Dependurado, numa necessidade interna e consciente de mudar tudo, com a descoberta de certas verdade cruéis da vida e da forma de agir socialmente.
O sofrimento constante e a perda da esperança no futuro imperam, levando a uma falta de fé e todo romantismo numa aridez sentimental.
Com toda atenção voltada unicamente para as próprias necessidades aqui e agora.
Enfim viver este arcano e ser obrigado a confrontar os próprios erros e suportar a dor decorrente, num sentido de renovar a caminhada e poder fazer melhor o futuro ainda que carregue mágoas e ressentimentos.
Apesar do aspecto macabro desta carta, ela não sugere a morte física, mas sim a morte de uma situação, de um aspecto particular ou mais abrangente em nossa vida.
Tal acontecimento normalmente já vinha num processo e a carta apenas esclarece aquilo que normalmente nos recusamos a aceitar.
Se na carta anterior ( 12 – O Enforcado) estávamos presos, sem ação, por comodidade ou forçado por circunstâncias que deixávamos apoderar de nós, aqui tudo é deitado por terra para poder renascer, ainda que através da dor.
Na verdade a foice esta na tua mão, pois foi você quem plantou as ervas daninhas que agora se obriga a retirar, com grande prejuízo e dor, para que consigam paz e renovação que virá na próxima carta o Arcano 14 – A Temperança.
Ela poderia significar a morte física, mas é necessário ver as outras cartas ao redor e a questão formulada.
Normalmente a pessoa já estaria muito doente, já que não é uma carta de inesperado como a carta 16 – A torre.
De toda forma as mudanças na grande maioria mostradas pelo Arcano 13 – A morte são desagradáveis, mas necessários para o surgimento de algo melhor.
É positiva porque nos liberta, ainda que forçadamente.
Na imagem vemos ervas nascentes e as partes do corpo no chão também dão esta impressão, isto para demonstrar a energia de renovação deste arcano.
É uma carta de mudanças que foram provocadas pelo próprio indivíduo. No entanto, apesar da grande mudança, como o esqueleto que é a parte mais importante permanecerá, e novas atitudes deverão nascer.
Na Roda da Fortuna temos uma mudança de situações diárias, num movimento cármico mais ou menos delineado, já que nosso livre-arbítrio ainda é levado em consideração, o que não acontece na Torre.
Na Torre temos uma mudança drástica e inevitável, vinda de fora e tirando-nos os próprios alicerces.
No julgamento temos uma mudança para renovação e aumento da percepção de um novo ciclo.
ATRIBUTOS
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Objetivo: Transformar todas as situações
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Vantagens: Aprendizado de vida.
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Obstáculos: Inadequação a constante mudança da vida.
- Negativa/Invertida: Fracasso, imobilidade, dificuldades momentâneas, vaidade em excesso, dificuldade em aceitar a transitoriedade da vida.
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Conselho: “Águas passadas não movem moinho”, siga em frente, deixe o passado.
Simbolismo do número:
Era no passado o número do azar, indicando uma transformação forçada. Corresponde ao planeta Plutão na astrologia que significa morte e transformação de tudo na vida.
Profissionalmente:
Término de uma fase profissional ou de um trabalho específico forçando a renovação da vida no que toca esta área, levando a uma melhor fase com prenúncio de prosperidade.
Amor:
Dificuldades e egoísmo, o cair do desejo inicial e a perda da felicidade passada com grandes problemas,; rancor, magoas passadas e falta de perdão, mas tudo pode ser solucionado, desde que se queira e se esforce para isto. Indica um novo futuro com retorno da harmonia.
Saúde:
Fadiga, abatimento, esgotamento.
Deve-se ter cuidado com a pele, com os ossos (reumatismo por exemplo), relaxar e procurar o auxilio espiritual.
Junto com a carta 16 A Torre, pode mesmo ser a morte física, mas é necessário ver outras informações dadas por outras cartas negativas no mesmo jogo como a carta da 18 A Lua ou O Louco no mesmo jogo.
Dinheiro:
Capacidade de saldar dívidas; economia e poupanças com lucros para se investir no futuro, mais ainda se for acompanhada de uma carta positiva pode indicar entrada de dinheiro. Lucros em médio prazo.
Espiritualidade:
Fim de um ciclo para iniciar outro, ou seja , só crescemos e aprendemos com a dor. Há de ser ter coragem para leva-lo até o fim e para recomeçar, para que seja de algum proveito. No geral falta de fé e afastamento religioso.